Relacionamento 0.1

por Bruno Blankenburg

Muito se discute sobre as plataformas digitais e a melhor forma de usar as redes sociais para benefícios empresariais e/ou pessoais. Depois de ler vários blogs, tuitadas, perfis e comunidades online, percebo o esquecimento de muitos internautas sobre as regras básicas de se relacionar com alguém – aqui chamado de Relacionamento 0.1. Abaixo seguem algumas lembranças, caso você tenha outras dicas comente lá em baixo.
Para começar, todo relacionamento online repercute offline. Não podemos esquecer que emails, blogs, redes sociais não substituem o bom e velho olho-no-olho e o aperto de mão. A internet, e suas ferramentas, são um complemento do nosso convívio social e não deve sobrepô-lo.
Esclarecido isso, vamos às características principais do Relacionamento 0.1:

1. Por trás do avatar ou do login está um ser humano que merece respeito por suas opiniões e declarações. Você não concorda que é frequente a troca de insultos e críticas destrutivas na web 2.0?
2. Daí vamos ao segundo ponto: a colaboração. Tirando fora os arrogantes de plantão, a maioria das pessoas não fica competindo quem é o melhor, o maior ou o mais rápido. Um dos principais motivos para nos relacionarmos é a troca de informação e experiência. Nas plataformas digitais isso então é potencializado ao extremo, com projetos complexos sendo realizados colaborativamente por várias pessoas ao redor do mundo, como o sistema operacional Linux e o mapeamento do genoma humano.
3. O resto é tão básico que nem valeria a pena citar. Entretanto a honestidade e transparência são violadas por muitos internautas. Eles não percebem serem eles os principais atingidos por esse tipo de crime. Rapidamente perdem a credibilidade, que é um dos principais ativos dos relacionamentos sociais, seja na web ou não.
4. Por fim, a empatia é essencial no Relacionamento 0.1. Nós precisamos sempre nos colocar no lugar do outro e imaginar como ele reagiria às nossas ações.  Isso não quer dizer que devemos nos preocupar em satisfazer as vontades dos outros, mas que temos que cuidar para que não geremos discórdia com nossos atos.

Você não acha que se relacionar é uma das artes mais complexas da humanidade? O jeito é a gente ir aprendendo dia-a-dia, como uma metamorfose ambulante, a como melhor lidar com o(s) outro(s).