O Brasileiro se acostumou a ver a cultura dos paulistas e cariocas serem impostas as resto do país como se estas fossem a síntese do Brasil. O mineiro sempre sendo apresentado de maneira jocosa como se fosse um capiau da roça, o nordestino como sendo indolente e preguiçoso e o povo do norte do país, eles existem? O povo do Sul este é tratado com certa reserva, pois a maioria é fruto de imigrantes europeus e não de miscigenação de índios e africanos.
A forma de mostrar a cultura de nosso povo evidencia que há por parte destes concessionários de serviços públicos um profundo desconhecimento ou uma profunda má vontade em reconhecer a riqueza e a diversidade das manifestações culturais de nosso país. Outro aspecto facilmente perceptível é a tendência destes veículos de comunicação de falar dos políticos e dos governantes evidenciando somente questões negativas. Os nobres representantes com certeza dão motivos de sobra para que a pauta negativa seja farta, no entanto, chama a atenção o fato de que existe uma agenda política em que questões relevantes e de interesse público não chegam aos cidadãos. O compromisso com a ética destes veículos de massa não se sustenta e não está ancorado em princípios que podem ser considerados universais. Ele parte tão somente de interesses privados, ou seja, se é meu amigo ou aliado pode, se não é levado ao circo para ser execrado publicamente.
A atuação destes veículos de massa é uma atuação ideológica e que representa interesses de grupos econômicos, políticos e religiosos apesar de vir com um embrulho de profissionalismo e isenção. Eles representam o passado, o autoritarismo, os interesses privados acima dos interesses da nação e do povo brasileiro. Eles vivem colocando o dedo na ferida de todos (o que não deixa de ser bom), mas não são transparentes e tentam o tempo todo em nome da ética e da moral manipular e mudar a agenda das políticas públicas para garantir ganhos privados.
Um exemplo recente que ilustra bem a temática é o caso Falhadesãopaulo.com X Folhadesãopaulo.com [1]que está sendo resolvido na justiça. A Folha de São Paulo que em seus editoriais afirma que a “liberdade de expressão é para todos doa a quem doer” não admite que um grupo de profissionais possam questionar, debochar, fazer humor e parodiar o material divulgado em seu jornal. E usa o recurso de calar um blog independente com uma ação na justiça, pedindo indenizações. Isso em pleno século XXI. São estes grupos que no dia a dia do país controlam os jornais, tvs, rádios e agora querem dominar e controlar a internet. E ai o que você acha? Eles realmente estão acima do bem e do mal e a suas ações não precisam ser reguladas e não devem ser criticadas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário